“Rastreada, mas não indexada no momento”: o que é e como resolver o erro no Google Search Console

O status “Rastreada, mas não indexada no momento” no Google Search Console indica que o buscador decidiu não adicionar a página aos resultados de busca. Ele gera confusão pois o relatório não explica as causas e a página de suporte não diz detalhadamente como resolver.

Pode ser causado por baixa qualidade do site, conteúdo duplicado, ou problemas de SEO técnico. Também existem páginas que não oferecem benefício quando indexadas, como as telas internas. 

Reverter a situação e indexar as páginas com erro depende da causa do problema. Os passos básicos são:

  1. Ver a lista de URL com problemas;
  2. Identificar padrões entre as páginas afetadas;
  3. Fazer ajustes de acordo com o tipo de página;
  4. Solicitar a indexação.

Para te ajudar a entender o que está acontecendo no seu site, preparamos um guia completo sobre esse status de erro do Google Search Console.

O que significa “rastreada, mas não indexada”?

A descrição oficial do problema é: “a página foi rastreada pelo Google, mas não indexada. Ela pode ou não ser indexada no futuro, e não é necessário reenviar o URL para rastreamento”.

Aparece assim no Google Search Console:

Quando o Google adiciona uma nova página aos seus resultados de pesquisa, ocorre o seguinte processo:

  1. O Google descobre a URL;
  2. Faz o rastreamento: analisa e entende o conteúdo;
  3. Faz a indexação: processa as informações e adiciona a URL a um banco de dados chamado “índice”;
  4. Consulta o índice para exibir as páginas como resultado de pesquisa.

Este status de indexação significa que o Google descobriu a página, mas não conseguiu ou não quis rastreá-las.

Há ocasiões em que isso é normal. Certos tipos de página de fato não geram valor aos visitantes, como conteúdos internos e restritos aos colaboradores de uma empresa. Logo, não são indexados.

O status só é problemático quando URLs que têm valor aos visitantes são marcadas como “rastreadas, mas não indexadas no momento”. Isso pode ter várias razões.

Por que o erro acontece?

O erro pode ter várias razões diferentes:

  • Problemas de servidor: o Google não consegue rastrear seu site corretamente porque o servidor fica lento ou instável com a quantidade de requisições;
  • Conteúdo irrelevante para mecanismos de busca: o Google considera que algumas páginas do seu site não são relevantes para aparecer na SERP. Por exemplo, URLs geradas por feed, ou variantes de produto;
  • Conteúdo de baixa qualidade: mesmo quando uma URL teoricamente tem valor para os visitantes, o Google pode escolher não rastreá-la se considerar que o conteúdo (ou o seu site como um todo) é de baixa qualidade.  

Veja abaixo como resolver os problemas e acompanhar o rastreamento e indexação de URLs do seu site.

Como resolver o status “rastreado, mas não indexado no momento”?

O segredo começa em entender porque o Google não indexou a página. Normalmente é interessante ter o apoio de profissionais especialistas em SEO para isso. Nem sempre é óbvio, ou fica explícito em algum relatório do Google Search Console.

As soluções para os problemas mais frequentes são:

  • Identificar se as URLs afetadas deveriam mesmo ser indexadas;
  • Eliminar conteúdo potencialmente duplicado;
  • Verificar estoques, em casos de e-commerces;
  • Otimizar a arquitetura do site;
  • Gerenciar redirecionamentos corretamente;
  • Melhorar a qualidade do conteúdo da página (e do seu site em geral);

Depois disso, solicite uma nova indexação e aguarde alguns dias para ver os resultados. Não existe um tempo certo para o Google rever e indexar a página.

Veja abaixo os detalhes e como executar cada melhoria. 

1. Revise URLs que não devem ser indexadas

Acesse o relatório de indexação do Google Search Console e observe as páginas afetadas. Tente entender se elas de fato deveriam estar no Google.

Vários tipos de páginas são importantes para o seu site, mas não trazem valor aos visitantes que chegam a partir do Google. Alguns exemplos:

  • Páginas usadas em testes A/B com mídia paga;
  • Páginas de confirmação de contato;
  • Páginas de arquivos internos;
  • Páginas de checkout em e-commerces;
  • Páginas de tags e de categorias em blogs;
  • Sites ou páginas em versão de teste. 

Nestes casos, a ação é otimizar o rastreamento do site. Ou seja, indicar ao Google quais páginas são relevantes para SEO. Isso é importante principalmente em sites maiores, para evitar que o Google rastreie páginas sem necessidade e fique sem recursos para o que realmente importa. 

Recomendamos a leitura dos materiais abaixo para fazer as otimizações:

Veja abaixo alguns tipos frequentes de páginas com status rastreado, mas não indexado, e o que fazer em cada um.

Feed RSS

É um dos exemplos mais comuns. São páginas com final /feed/, geradas por feeds RSS. Cada artigo gera uma URL que pode ser rastreada pelo Google a partir da página principal.

Elas não são indexadas pois não foram projetadas para visitantes. Quando você acessa essas URLs, aparece apenas um arquivo XML com os detalhes do feed.

O que fazer:

Normalmente, não é necessária nenhuma ação específica para estas páginas. 

Se preferir, você pode bloquear acesso a elas no arquivo robots.txt e testar os resultados. Às vezes, não causa problemas, mas em algumas situações pode limitar a descoberta de conteúdo novo. 

Conteúdo paginado

Conteúdo paginado são URLs numeradas que fazem parte de uma lista. É quando você clica na página 2 de um e-commerce, ou de uma lista de artigos de blog, por exemplo.

Normalmente essas URL são marcadas pelo separador “?”, como www.sualoja.com/sapatos=?page=2

Esse tipo de link não é indexado pelo Google porque dificilmente interessa ao visitante. Logo, aparece com frequência como “rastreada, mas não indexada”. 

O que fazer:

Não é necessária nenhuma ação específica para estas páginas. 

Apenas certifique-se de que você está seguindo as boas práticas para paginação. Assim, o Google consegue entendê-las direito.

Páginas internas

O Google pode rastrear conteúdo que não deveria estar público, como ambientes de teste, ou páginas geradas por alguma aplicação interna. Estes conteúdos não são indexados, mas podem causar problemas relacionados à crawl budget em sites com milhares ou milhões de páginas.

O que fazer:

  1. Remova possíveis links internos para que o Google não consiga acessá-las;
  2. Caso as páginas continuem sendo rastreadas, bloqueie-as no robots.txt.

Também é interessante entender como o Google está chegando a essas páginas. Se você tiver acesso a ferramentas como o Jet Octopus, rastreie o site e veja o caminho que o crawler percorre. Provavelmente o Googlebot se comporta de forma similar.

2. Elimine conteúdo duplicado

Conteúdo duplicado ocorre quando o Google entende que duas páginas diferentes têm basicamente o mesmo conteúdo. Nesses casos, apenas uma é indexada. 

Não se trata apenas de “copiar conteúdo” de uma página para outra. A duplicação de conteúdo também pode ocorrer por problemas de SEO técnico, como configurações incorretas de:

  • Paginação;
  • Navegação facetada;
  • Parametrização de URLs;
  • Versões HTTP e HTTPS do site.

O que fazer:

No caso de URLs que fazem parte de um “grupo de conteúdo”, indique a principal por meio da canonical tag. Este é o caso para o conteúdo paginado, versões HTTP e HTTPS, navegação facetada, variantes de produtos em e-commerce, etc. 

Se o seu site tiver páginas muito parecidas, mas que não se encaixam na descrição acima, você pode aplicar estratégias para diferenciá-las. Algumas ideias são:

  • Reescrever o conteúdo;
  • Remover “templates” de conteúdo, que se replicam em diversas páginas do site;
  • Revisar configurações que geram texto automaticamente para as páginas,
  • Se o site tiver conteúdo gerado por usuários, moderar o que eles postam, para evitar spam de conteúdo em vários domínios diferentes.

3. Otimize a arquitetura do site

Arquitetura do site é a organização e estrutura das suas páginas. Ela indica os caminhos que o Googlebot deve percorrer. Se não for clara, o robô pode “se perder”, não entender completamente o conteúdo e não indexar algumas páginas.

O que fazer:

Adicione links internos para as páginas que você quer indexar. Isso é importante por várias razões: ajuda o robô a descobrir páginas, estabelecer relações, e informa que ela é importante e deve ser indexada. 

Páginas “órfãs”, sem nenhum link, podem ser consideradas menos relevantes pelo buscador. Ou ele pode considerá-la irrelevante para visitantes, por não entender como ela se relaciona com o restante do site.

4. Melhore a qualidade do conteúdo

Se o Google achar o conteúdo da página ruim, ela provavelmente não será indexada. Situações comuns são:

  • Páginas muito curtas;
  • Sem informações relevantes ou significativas;
  • Que não são originais;
  • Páginas que não se alinham à intenção de busca dos visitantes;
  • Ou não se adequam às visões de conteúdo útil do Google.

O que fazer:

Nesse caso, você deve revisar o conteúdo da página e otimizá-lo para SEO.

Recomendamos a leitura do nosso guia de conteúdo útil para entender como o Google analisa as páginas. Algumas ações para você implementar são:

  • Defina o propósito da página;
  • Se coloque no lugar do leitor para responder suas dúvidas;
  • Foque em E-E-A-T;
  • Inclua informações claras sobre quem é responsável pelo conteúdo;
  • Não use técnicas enganosas;
  • Atualize conteúdos regularmente;
  • Invista em experiência de página;
  • Inclua conteúdo adicional relevante, como links internos.

5. Verifique estoques

Essa é uma dica específica para sites de e-commerce. Em algumas situações, o Google pode não indexar páginas de produtos que estão fora de estoque, ou não estão disponíveis no momento. 

Do ponto de vista de experiência do usuário, até faz sentido. Mas para os sites, são oportunidades perdidas de ranquear conteúdo.

O que fazer?

Se páginas de produtos fora de estoque estão sendo desindexadas, revise os dados estruturados das suas páginas de produto. É comum esquecer de alterar quando os produtos saem ou voltam ao estoque, o que pode confundir o Googlebot.

Se o seu e-commerce tiver muitos itens cadastrados, exporte os dados das páginas para o Excel e automatize a planilha para encontrar as inconsistências.

Como priorizar a resolução dos problemas

É impossível dar dicas certeiras de priorização de erros para resolver, porque depende muito da situação de cada site. Como você viu, existem várias razões e soluções possíveis para o status “rastreado, mas não indexado no momento”. 

Os passos iniciais para abordar o relatório são:

  • Analise e agrupe as páginas. Identifique quais podem ser conteúdo duplicado, quais têm conteúdo muito curto, as que são de feed RSS, etc;
  • Busque falsos positivos. Pesquise pela palavra-chave do texto no Google usando o comando :site. Por exemplo: rastreado, mas não indexado site:www.seohappyhour.com. Isso mostrará se a página de fato não está indexada.

Feito isso, você pode priorizar da seguinte forma:

  • Comece pelas páginas críticas. São páginas importantes para a sua estratégia que foram rastreadas, mas não indexadas;
  • Solucione as questões mais críticas. Resolva o quanto antes conteúdo duplicado e de baixa qualidade. E se houver muitas páginas internas sendo rastreadas, limite-as; 
  • Avance para as demais questões. Solucione questões de páginas órfãs (sem links internos), ou limite as demais páginas que não devem ser indexadas, como as de Feed RSS.

Vale lembrar que estas são dicas gerais, que não se aplicam a todos os casos. Em algumas situações, a ordem de prioridades pode ser diferente. Recomendamos ter o apoio de profissionais de SEO para conduzir as análises e indicar os caminhos mais curtos para indexar as páginas.

Depois de fazer as ações, solicite indexação das páginas. Basta acessar o relatório e clicar em “validar a correção”. Ou, se preferir, você pode solicitar a indexação para páginas individuais. 

Não se limite ao relatório do Google Search Console

A percepção do Google sobre o domínio influencia nas páginas que são ou não indexadas. Ou seja: não foque apenas nas URLs que aparecem no relatório.

Trabalhe para melhorar a qualidade do site como um todo:

  • Crie linhas editoriais que respeitam as definições de conteúdo útil;
  • Organize a arquitetura do site e reforce as linkagens internas;
  • Faça auditorias e solucione problemas de SEO técnico.

Assim você soluciona os problemas de conteúdo rastreado, mas não indexado, e previne outros problemas que podem afetar sua visibilidade.

Se precisar de apoio nestas tarefas, entre em contato conosco! Somos especialistas em ajudar sites de todos os tamanhos a terem destaque nos mecanismos de busca.

  • Elyson Gums

    Elyson Gums

    Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.

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