Elyson Gums
Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Elyson Gums
Atualizado em 26/11/2024
6 min de leitura
O Google esclareceu o que significa abuso de reputação de site, um dos mais novos itens das suas políticas de spam. A documentação foi atualizada em 19 de novembro e explica que qualquer conteúdo que tenta “tirar vantagem” da autoridade de um domínio é uma forma de abuso.
Essa mudança aconteceu depois da equipe do Google analisar manualmente centenas de casos de abusos. A definição antiga não era suficientemente clara sobre os casos que mereciam punição.
A definição atualizada de abuso de reputação de site é:
Abuso de reputação de site é a prática de publicar páginas de terceiros em um site em uma tentativa de tirar vantagem dos sinais de ranqueamento do site que está hospedando o conteúdo.
A definição antiga era:
Abuso de reputação de site é quando páginas de terceiros são publicadas com pouco ou nenhum envolvimento da equipe do site, com propósito de manipular o ranqueamento de páginas ao tirar vantagem dos sinais de classificação do site.
O conceito é parecido, mas tem algumas diferenças bem impactantes para quem faz SEO.
Antes de falar a fundo sobre as mudanças, é importante conhecer a fundo o conceito de abuso de reputação.
Muitos sites estavam “alugando” espaço em seus domínios para terceiros publicarem conteúdos. Essas páginas eram criadas para se aproveitar de um domínio consolidado e com autoridade. Se fossem publicadas em um site novo, dificilmente apareceriam no Google (e certamente gerariam muito menos tráfego).
Há casos em que de fato é um aluguel, em que os donos do site cobram para publicar artigos em alguns espaços específicos dos sites. Também existem estratégias mais veladas, como “parcerias” para criação de conteúdo, ou a criação de equipes externas para gerenciar determinadas seções de um site.
Um caso famoso foi o da Forbes, que criou diretórios para recomendação de produtos, como o Forbes Advisor. É uma técnica de SEO parasita que conquistou a milhões de acessos.
A política de abuso de reputação de site foi criada em 2024 para punir esse tipo de estratégia. O Google considera que essa é uma tentativa de manipular os sistemas de ranqueamento.
Inicialmente o Google entendia que as tentativas de manipular o site aconteciam apenas quando a equipe editorial não se envolvia (ou se envolvia pouco) na criação do conteúdo publicado por terceiros.
Para ficar mais claro, imagine que:
Isso seria considerado abuso de reputação de site.
Hoje, o Google entende que pode haver abuso mesmo que a equipe editorial se envolva na publicação do conteúdo. Ou seja: se for conteúdo de baixa qualidade, o site está sujeito à punição, independente de de seu envolvimento.
Veja a justificativa do Google, com tradução e grifos nossos.
Desde o lançamento da política, revisamos situações em que pode haver vários graus de envolvimento de primeira parte, como cooperação com serviços de marca branca, acordos de licenciamento, acordos de propriedade parcial e outros arranjos comerciais complexos. Nossa avaliação de vários casos mostrou que nenhuma quantidade de envolvimento de primeira parte altera a natureza fundamental de terceiros do conteúdo ou a natureza injusta e exploradora de tentar tirar vantagem dos sinais de classificação dos sites que hospedam o conteúdo.
Como escrevemos aqui no site da SHH, o Google consegue identificar os conteúdos de diferentes seções de site. Quando os temas são muito diferentes, eles são tratados separadamente.
Esse sistema não faz parte da política de abuso de autoridade, mas está relacionado. Segundo o Google, funciona da seguinte forma:
Nossos esforços para entender as diferenças em seções de sites podem levar a mudanças de tráfego se subseções não se beneficiarem mais de sinais de todo o site. Isso não significa que essas subseções foram de alguma forma rebaixadas ou estão violando nossas políticas de spam. Significa que as estamos medindo de forma independente, mesmo que estejam localizadas dentro de um site.
Assim, é possível “filtrar” diferentes seções de site. Possivelmente a queda de tráfego (e posterior desindexação) do Forbes Advisor está relacionada a esse algoritmo.
Fora isso, não está claro como o Google avalia abuso de reputação de site. Também não foram divulgados os sinais que permitem entender quando um conteúdo foi criado com intenção de manipular a pesquisa.
O blog do Google indica que, por enquanto, essa avaliação é feita manualmente. Ela leva diversos fatores (não apresentados) em consideração e pode resultar em uma ação manual. Supostamente, o spam seria punido com ações algorítmicas também, mas este não parece ser o caso por enquanto.
Se você tem parcerias para criação de conteúdo, não se preocupe! Nem sempre é considerado spam. A página de políticas de spam tem vários exemplos de conteúdo criado por terceiros e que não é spam:
Ou seja, só atos como aquela compra suspeita de backlinks que são passíveis de punição. 👀
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