Elyson Gums
Atualizado em 17/06/2024
28 min de leitura
O Google muda mais rápido do que você consegue acompanhar? Não se preocupe, isso é comum pra muita gente.
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Fizemos um raio-X das recomendações de SEO do Yoast para mostrar de uma vez por todas que você NÃO precisa deixar todas as bolinhas verdes.
Não siga as recomendações do Yoast SEO a qualquer custo. Elas são um lembrete das boas práticas para mecanismos de busca, não uma camisa de força para amarrar o texto em uma estrutura padrão. A questão é que muitos profissionais, especialmente os iniciantes, tentam fazer todo tipo de texto caber nas recomendações do plugin.
Aí acontece um processo de “superotimização”, que prioriza deixar as bolinhas verdes, não atender aos requisitos que o Google avalia na hora de classificar as páginas. O Yoast mostra dicas realmente práticas, mas também tem sugestões que não impactam diretamente o SEO.
O problema é identificar qual é qual. Nem sempre isso fica claro dentro do editor de texto do WordPress. Normalmente, quem tem mais experiência já sabe quais dicas seguir, mas quem está iniciando, nem sempre.
Por exemplo:
Muita gente não sabe – e, na dúvida, segue só o que o plugin pede. Tem até gerentes de projeto que exigem conteúdo 100% otimizado seguindo o Yoast. 🤦
Hoje vamos ver a anatomia de TODAS as recomendações do plugin. É uma análise ponto a ponto para te mostrar o que vale a pena, quais boas práticas são realmente necessárias.
Ah: se você usa RankMath, pode ler também, viu? Várias otimizações aparecem nos dois plugins.
Caso você esteja aprendendo agora sobre SEO (ou esteja morando debaixo de uma pedra): o Yoast é um dos plugins de SEO mais populares para WordPress. Ele conta com várias funcionalidades para facilitar ou automatizar tarefas, como:
Dá pra fazer tudo isso manualmente, mas é mais rápido usando o plugin.
Uma das funcionalidades mais famosas do Yoast é a análise de texto em tempo real, que é o assunto central deste post. Conforme você edita posts ou páginas no WordPress, o plugin avalia o texto, de acordo com alguns critérios de otimização para mecanismos de busca. Você pode testar aqui como funciona.
O Yoast foi criado em 2008, inicialmente como um editor de robots.txt. Os principais recursos de análise de conteúdo para SEO foram implementados em 2011, 2014 e 2016. O plugin está disponível em plano gratuito e pago.
A “bolinha do Yoast” é uma marcação visual para análise de SEO. Elas são um recurso de gamificação para facilitar a revisão de textos seguindo boas práticas de SEO.
As cores representam uma sinalização de trânsito:
As páginas têm uma marcação geral, e cada dica específica também tem uma cor. Veja um exemplo:
Na imagem acima:
Se a maioria das bolinhas for verdes, a página recebe uma classificação verde também. O mesmo acontece para as outras cores.
Essa marcação colorida é o recurso que gera mais confusão. Ter todas as bolinhas verdes não garante bons resultados de SEO, e este nem é o objetivo do plugin. O próprio Yoast faz essa observação (várias vezes, diga-se de passagem).
Não! É consenso dentro da comunidade de SEO que não precisa seguir as recomendações ao pé da letra, nem tentar alcançar uma pontuação máxima de otimização.
As bolinhas do Yoast são uma “linha-guia” para observar a otimização do texto. Elas ajudam a lembrar de pontos importantes, como inserir links internos em cada página ou revisar as heading tags.
Tem vários motivos específicos para isso:
Além dos profissionais de SEO, o próprio Yoast recomenda seguir as recomendações com cautela. Existem diversos artigos alertando sobre os problemas de exagerar nas otimizações.
Este post sobre análise de SEO recomenda balancear o uso do plugin com a estratégia de SEO. Veja abaixo, em tradução nossa:
Embora seja desejável alcançar a cor verde no Yoast SEO, balancear as luzes com uma estratégia holística de SEO é fundamental. Focar apenas em obter a cor verde pode levar à negligência de elementos críticos de SEO. Além disso, você pode comprometer a qualidade geral do seu conteúdo.
O artigo também alerta para algumas “armadilhas” causadas por esse comportamento:
Outro texto do blog da Yoast cita um “fascínio” pelas bolinhas verdes e menciona alguns comportamentos a evitar:
O texto encerra com a seguinte dica (em tradução nossa):
Pense sobre o lugar e propósito de seus artigos antes de começar a otimizá-los e não considere tudo o que a ferramenta diz como verdade absoluta.
As recomendações do Yoast SEO se baseiam em três categorias:
Alguns recursos estão disponíveis apenas na versão paga do Yoast.
Chegou a hora! Vamos analisar a fundo cada recomendação, seguindo a lista publicada no site do Yoast. Sobre cada uma, você verá:
Antes de avançar sobre cada dica, precisamos falar sobre como o Yoast lê palavras-chave no plano gratuito. Ele enxerga apenas a expressão exata, sem variações ou sinônimos.
Por exemplo, imagine um texto com a palavra-chave foco “brinquedos para gatos”. O plugin não consegue entender corretamente as frases “brinquedos para gato” e “brinquedo de gato” como sinônimos.
Isso interfere diretamente em várias métricas que o Yoast analisa, como frequência e distribuição de palavras-chave.
O plano pago faz essa distinção da seguinte maneira:
O Google “lê” as pesquisas dessa forma. Décadas atrás, o buscador usava palavras-chave exatas para classificar as páginas. Atualmente existem diversos algoritmos para entender contexto e variações de texto.
Veja um exemplo. Se você digitar “menino que fala com o tigre de pelúcia”, aparecem Calvin e Haroldo, por mais que a página não mencione essa frase:
O que é? O plugin avalia se os termos da palavra-chave de foco estão no primeiro parágrafo do texto.
Preciso seguir? A palavra-chave não precisa estar no primeiro parágrafo.
A dica geral é ter a palavra-chave em pontos de destaque da página, como título, início do texto e URL, para ajudar o Google a entender o conteúdo mais rapidamente. Outros plugins usam “início do conteúdo” como recomendação, ou “palavra-chave nos primeiros 10% de texto”.
O problema é forçar a barra. A palavra-chave deve estar nestes locais apenas se for possível inserir de forma natural. Se não for possível, use sinônimos ou expressões relacionadas. O plano gratuito do Yoast não entenderá, mas o Google provavelmente sim.
O que é? É uma avaliação do tamanho da palavra-chave em foco. Dependendo do idioma em que você está escrevendo, o plugin recomenda no máximo quatro ou seis termos.
Preciso seguir? A dica faz sentido, mas depende do contexto. A decisão deve se basear em estratégia, não em contar palavras.
A recomendação do Yoast está relacionada ao conceito de cauda curta, cauda média e cauda longa:
Tudo isso impacta nas estratégias de SEO – pesquisas mais específicas tendem a gerar menos tráfego, mas um público mais próximo do momento de compra.
Quatro a seis palavras é um indicativo de que a pesquisa é específica o suficiente. Em resumo: faz sentido, mas o contexto total da dica não fica claro na tela do plugin.
O que é? Avalia se as palavras da expressão em foco são usadas com frequência ao longo do texto.
Preciso seguir? Não, essa recomendação é um mito. Aliás, um mito muito popular.
Não existe um número absoluto de vezes que a palavra-chave deve ser usada. Uma fórmula comum de cálculo é esta:
Número de palavras-chave / número de palavras total do texto * 100.Supostamente, o resultado deve ser entre 1% e 2%. Se for abaixo disso, o texto estaria pouco otimizado, e se for acima, o texto estará muito otimizado.
Na verdade, já faz mais de 10 anos que o Google recomenda não dar tanta atenção a isso, porque não tem implicação direta em ranqueamento. Veja abaixo:
Palavras-chave devem ser inseridas de forma natural no conteúdo, não pensando em atingir uma “cota de frequência”.
O que é? Avalia o uso da palavra-chave no título da página.
Preciso seguir? Sim, é uma boa prática de SEO.
Inserir a palavra-chave no título ajuda o Google a entender o conteúdo mais facilmente. Mas não precisa ser necessariamente a palavra-chave exata que você inseriu no Yoast.
Para o buscador, tanto faz se o título é “brinquedo para gato”, no singular, ou “brinquedos para gatos”, no plural, por exemplo. No Yoast gratuito, a bolinha verde pode induzir ao erro.
O que é? Avalia o uso da palavra-chave na meta descrição da página.
Preciso seguir? Sim, se for possível fazer com naturalidade.
A meta descrição é um parágrafo de texto que resume a página e é exibido na tela de resultados de pesquisa do Google. O Google não recomenda especificamente usar palavras-chave, mas o buscador lê a descrição no processo de indexação de páginas, então faz sentido incluir, quando possível.
O que é? Avalia o uso da palavra-chave na slug da URL. Slug é o que aparece no final do link. Por exemplo, nesta página é bolinha-verde-yoast-seo.
Preciso seguir? Sim, se for possível fazer com naturalidade.
O Google lê a slug na hora de rastrear páginas, então ela deve representar bem o conteúdo. E normalmente a palavra-chave é uma boa representação.
Mas não precisa usar a expressão exata que você inseriu no Yoast SEO, especialmente se for uma palavra-chave muito longa e específica.
Por exemplo, neste artigo, uma possível slug seria “deixar-a-bolinha-do-yoast-seo-verde-nao-e-fazer-SEO“. Mas ficaria muito longo, então encurtamos na hora de publicar.
O que é? Avalia se a palavra-chave é usada no texto alternativo de imagens.
Preciso seguir? Sim, se for possível fazer com naturalidade.
O texto alternativo é um recurso para descrever as imagens da página através de texto. Ele é importante por questões de acessibilidade e ajuda o Google a entender as figuras.
Se a palavra-chave encaixa naturalmente na descrição da imagem, use. Se não encaixar, não tente forçar para deixar a bolinha verde.
Por exemplo, o texto alternativo “capa de um livro para colorir mostrando um urso amarelo vestindo uma camisa vermelha e comendo um pote de mel” faz sentido para descrever uma imagem.
Agora “capa de um livro para colorir para meu filho mostrando um urso amarelo vestindo uma camisa vermelha e comendo um pote de mel” soa forçado e atrapalha a leitura.
O que é? Avalia se você está inserindo links para outras páginas que contém a palavra-chave foco que você informou na URL.
Preciso seguir? Essa decisão deve ser tomada de acordo com a sua estratégia de SEO.
Essa recomendação é complexa. A lógica dela é que você não deve fazer links para outras páginas que lidam com o mesmo assunto que você cobre, para não “potencializá-la” aos olhos do Google.
Isso vem de uma época em que o Google dava muita autoridade aos links para definir se uma página é relevante ou não, o que não é mais o caso.
As recomendações mais corretas seriam:
Fazendo isso, você impede que o seu conteúdo impulsione ou gere cliques para páginas que não são estratégicas para o seu negócio.
O que é? Avalia se os subheadings incluem expressões que fazem parte da sua palavra-chave em foco.
Preciso seguir? Pode seguir se for possível fazer com naturalidade.
Subheadings são heading tags inseridas na página para demarcar diferentes seções de conteúdo. Normalmente são H2, H3 e H4.
Usar a palavra-chave comunica a relação de cada seção com o assunto principal da página.
Pode incluir, mas sem “forçar” e sem repetir várias vezes. Como o Google consegue entender relações entre termos, pode usar expressões relacionadas.
O que é? Avalia se você já usou a palavra-chave de foco em outro post do seu site.
Preciso seguir? Depende do contexto dos conteúdos que você publica.
O recomendável é não criar páginas com conteúdo muito parecido. Isso pode gerar canibalização, com duas ou mais páginas “concorrendo” para as mesmas palavras-chave no Google.
A palavra-chave usada anteriormente é uma forma de prevenir o problema, mas nem sempre o faz com precisão.
Por exemplo, um portal de notícias pode ter várias URLs que falam sobre “show do Bruno Mars”, mas são completamente diferentes e não necessariamente concorrem entre si.
O que é? Avalia a distribuição das palavras-chave ao longo do texto. É um recurso da versão premium do Yoast.
Preciso seguir? Sim, mas pensando na experiência do visitante, não na classificação de uma página nos mecanismos de busca.
Normalmente, quando um conteúdo é bem escrito, a palavra-chave e expressões relacionadas aparecem naturalmente ao longo de todo o conteúdo, mas há exceções.
Por exemplo, neste texto, a expressão “bolinha verde do Yoast” aparece muito nos primeiros subheadings. Isso ocorre porque a explicação do conceito está lá.
Na parte em que você está lendo agora, não faz sentido repetir só para ter boa distribuição ao longo do texto.
Recomendamos usar a palavra-chave em pontos de destaque da página, como headings, URL ou primeiro parágrafo.
São recomendações gerais de boas práticas para a publicação de conteúdos otimizados para mecanismos de busca. O Yoast avalia especialmente:
O que é? É uma contagem de palavras.
Preciso seguir? Não necessariamente. Não há um tamanho “fixo” que o Google considere positivo ou negativo.
Segundo o Yoast, o tamanho depende do tipo de texto:
| Post ou página | Mais de 30 palavras |
| Página pilar | Mais de 900 palavras |
| Descrição de categoria | Mais de 30 palavras |
| Descrição de produto | Mais de 200 palavras |
| Descrição de produto em destaque | Mais de 400 palavras |
| Descrição curta de produto | Entre 20 e 50 palavras |
O que acontece é que o Google procura responder à intenção de busca da melhor maneira possível. E, com frequência, páginas mais completas e com conteúdos densos fazem isso melhor.
Pensar apenas no número de palavras pode induzir a “encher linguiça” nos textos, apenas para deixar a bolinha verde. Ao invés disso, seu foco deve ser criar a melhor página possível sobre determinado tema. Fazendo isso, naturalmente o número de palavras será o suficiente.
O que é? Analisa se a página faz links para outros sites e se os rastreadores do Google conseguem seguir estes links.
Preciso seguir? Inclua links externos apenas quando fizer sentido.
Links externos podem melhorar a experiência do visitante e ajudar o Google a entender como uma página se comunica com um “nicho” de conteúdo na internet.
Mas em alguns casos simplesmente não precisa inserir.
Por exemplo, uma página que descreve serviços de uma empresa nem sempre precisa de links externos. Até porque a maioria dos outros portais que produzem conteúdo sobre o assunto são concorrentes.
O que é? Analisa a largura do título da página e dá luz verde se tiver menos de 600 pixels, o equivalente a algo em torno de 50 a 60 palavras.
Preciso seguir? Vale a pena seguir sempre que fizer sentido.
Aqui na SEO Happy Hour seguimos essa dica sempre que possível, usando ferramentas de simulação da SERP para conferir o tamanho dos títulos antes de publicar os posts.
Essa recomendação tem mais a ver com experiência do visitante do que com os fatores de classificação do Google. Se o título for muito longo, o Google não exibe inteiro, o que pode prejudicar a taxa de cliques da página.
Mas tem casos em que não é possível encurtar, especialmente quando escrevemos notícias. Veja abaixo um exemplo de post que está na primeira posição, mesmo tendo um título muito longo:
O que é? Analisa se a meta descrição tem tamanho o suficiente. A bolinha fica verde com textos entre 120 a 155 caracteres.
Preciso seguir? É a mesma lógica do tamanho do título: pode seguir sempre que fizer sentido.
O Google lê a meta descrição enquanto está indexando páginas. E se a descrição for curta e atender à intenção de busca, o Google a exibirá na íntegra, o que pode aumentar sua taxa de cliques.
O que é? Verifica a última vez que as páginas pilares do site foram atualizadas pela última vez. O Yoast marca com uma bolinha vermelha os conteúdos atualizados a mais de 6 meses. Este recurso está disponível apenas no plano premium.
Preciso seguir? É uma prática que faz sentido, mas precisa de contexto.
Páginas pilares são as principais páginas sobre um determinado assunto dentro de um site. Elas apresentam informações detalhadas sobre o tema e uma série de links internos relevantes.
Recomenda-se atualizar a página pilar sempre que houver novidades sobre aquele tema. Por exemplo:
Seis meses é um prazo aleatório. Em alguns casos, precisa atualizar mais vezes. Em outros, as atualizações podem ser ainda mais espaçadas. De todo modo, é interessante ficar atento a esse recurso para lembrar de editar as páginas mais importantes.
Legibilidade é um conceito que define a facilidade de ler um texto. São várias dicas de redação para simplificar conteúdos.
Em geral, é preciso bastante cuidado para aplicar estas dicas, pois:
Normalmente estas dicas não interferem diretamente em SEO, mas têm benefícios indiretos. Bons textos melhoram a experiência na página, o que pode se refletir em maior engajamento, que por sua vez valoriza os sites em mecanismos de busca.
O que é? Verifica se textos longos são divididos por heading tags. O Yoast recomenda usar um subheading (h2 ou h3) a cada 300 palavras de texto.
Preciso seguir? Não, essa recomendação é aleatória.
É indicado usar diferentes headings para dividir o assunto de um texto, mas isso deve ser feito de forma natural, não a partir de contagem de palavras.
Alguns assuntos são naturalmente mais complexos que outros, então podem demandar textos maiores. Também há casos em que as headings são mais curtas do que 300 palavras.
Recomendamos usar h2 e h3 sempre que você mudar de assunto dentro de um texto, independentemente da quantidade de palavras de cada seção de conteúdo.
O que é? Verifica o tamanho dos parágrafos do texto. A indicação do plugin é de no máximo 200 palavras.
Preciso seguir? Sim, é uma boa recomendação.
Parágrafos muito longos prejudicam a leitura e a compreensão do texto. 200 palavras é um número aleatório, mas reflete bem o que é considerado “bom” na maioria dos estilos de texto.
Você não precisa ficar contando as palavras de cada parágrafo. Ao invés disso, revise o texto e pense: está fácil de ler e entender a informação só de bater o olho?
Se estiver, pode manter o texto como está.
Se não estiver, tente separar a informação em dois parágrafos diferentes.
Como você já percebeu, este texto tem parágrafos bem menores do que 200 palavras. Na verdade, em alguns casos tem parágrafos com menos de dez! Isso é mais uma decisão de estilo de texto do que regra de português.
Ou seja: não precisa prestar tanta atenção nessas regrinhas, desde que o texto seja agradável de ler e simples de entender.
O que é? É uma análise do tamanho das frases do texto. A indicação é no máximo 20 palavras. O Yoast deixa a bolinha vermelha se mais de 25% das frases do texto forem mais longas.
Preciso seguir? Não necessariamente. Não há regras que definem o tamanho ideal de frases e esta recomendação tem origem no idioma inglês.
Frases curtas facilitam a leitura, mas algumas ficam longas naturalmente. E, neste caso, não precisa editá-las.
Além disso, o próprio Yoast lembra que esta recomendação tem base na escrita em inglês. Veja abaixo:
20 palavras e 25% do texto são os critérios padrão ao escrever em inglês, mas tenha em mente que 25% não é absoluto e pode depender da linguagem, tipo de conteúdo, etc.
A frase acima tem 32 palavras e ainda assim é fácil de entender. Seria possível dividi-la em duas, para que ambas fiquem no tamanho “correto”. Ficaria assim:
“20 palavras e 25% do texto são os critérios padrão ao escrever em inglês. Mas tenha em mente que 25% não é absoluto e pode depender da linguagem, tipo de conteúdo, etc.
Nenhuma das duas formas está errada.
O que é? Analisa quando mais de 3 frases seguidas começam com a mesma palavra.
Preciso seguir? Não necessariamente. A recomendação faz sentido, mas depende do texto.
Repetir a mesma estrutura de frases pode cansar os olhos e tornar a leitura mais monótona. Mas há situações em que essa é uma escolha consciente de quem fez a redação do conteúdo. Por exemplo:
Ou seja: faz sentido, mas nem sempre se aplica.
O que é? Analisa o quanto o texto usa a voz passiva. Se for mais de 10%, a bolinha fica vermelha.
Preciso seguir? Na maioria das vezes faz sentido.
A voz ativa é mais direta: “eu comi o bolo”.
A voz passiva inverte a ordem: “o bolo foi comido por mim”.
Usar a voz ativa sempre que possível é uma dica clássica de redação, pois a mensagem fica mais clara. A voz passiva é melhor em situações específicas, como quando você quer dar ênfase a quem recebe uma ação, mas não a quem realiza.
Ao falar sobre o resultado da eleição presidencial, faz mais sentido escrever “o presidente Lula foi eleito em 2022” do que “as pessoas elegeram o presidente Lula em 2022”. Fazendo isso, o foco da frase fica no presidente, não na ação de votar.
Você deve escolher o que torna a informação mais clara, sem pensar em um “limite de uso”.
O que é? O Yoast analisa se o texto tem frases o suficiente com palavras de transição. A bolinha fica verde se pelo menos 30% das frases tiverem essas palavras.
Preciso seguir? Não, na maioria das vezes o texto fica pior.
Palavras de transição são expressões que relacionam diferentes frases ou parágrafos de um texto. Elas são usadas para dar mais clareza à redação. Alguns exemplos são mas, porém, no entanto, todavia, e assim.
A lógica desta recomendação do Yoast até faz sentido, mas na prática, tem alguns problemas:
Isso leva a inserir as expressões em momentos em que elas não são necessárias, ou estimula o uso de palavras pouco naturais, como ademais ou outrossim. As palavras estão corretas, mas não soam naturais na maioria dos casos.
Recomendamos não gastar muita energia tentando incluir mais palavras de transição do texto.
O que é? Analisa se um texto é fácil de ler, seguindo os critérios do teste de legibilidade de Flesch.
Preciso seguir? Não, pode ignorá-la. É uma recomendação que não tem impacto em SEO ou na legibilidade de textos em português.
O teste de legibilidade de Flesch define a facilidade em compreender um conteúdo, em notas que variam de 1 a 100. Estes são os significados de cada pontuação:
| Pontuação | Significado |
| 100–90 | Muito fácil de entender. Uma criança de 11 anos consegue entender o texto. |
| 90–80 | Fácil de ler, estilo de conversa. |
| 80–70 | Relativamente fácil de ler. |
| 70–60 | Inglês comum. Adolescentes entre 13 e 15 anos conseguem entender facilmente. |
| 60–50 | Relativamente difícil de ler. |
| 50–30 | Difícil de ler. |
| 30–10 | Muito difícil de ler. Nível de leitura de estudantes universitários. |
| 10–0.0 | Extremamente difícil de ler. Entendido em sua totalidade por estudantes universitários. |
Recomendamos ignorar por três razões principais:
É praticamente impossível ter bons resultados no teste escrevendo em português. O Flesch usa elementos como quantidade de palavras, letras e sílabas para definir se um texto é “fácil” ou “difícil”. Logo, não leva em conta as particularidades da língua portuguesa.
Além disso, certos temas são naturalmente complexos. Por exemplo, em textos sobre direito você pode falar sobre a “constitucionalidade” de algo. Ou, em construção civil, sobre paralelepípedos. Também há casos em que o público-alvo espera certo grau de complexidade, como em textos técnicos.
E, por fim: não faz diferença para SEO. Em 2021, a Ahrefs fez um estudo sobre legibilidade nos primeiros resultados da Pesquisa Orgânica. Segundo a pesquisa, não há correlação entre ranqueamento e pontuação no teste de Flesch.
O que é? Analisa a quantidade de H1 (heading tag 1) na página. A bolinha fica verde se houver apenas um.
Preciso seguir? É uma boa prática de SEO e recomendamos seguir.
Usar heading tags corretamente torna o conteúdo mais claro e organiza a estrutura da página de forma lógica.
O H1 é o título principal de uma página e deve informar claramente o tema ou propósito do conteúdo. Usar mais de um H1 nas páginas pode confundir buscadores e visitantes.
Podemos dizer que o Yoast é bom. As recomendações são bem intencionadas e, em geral, fazem bastante sentido. Aliás, temos diversos clientes que usam o plugin e têm sucesso em suas estratégias de SEO.
Pessoalmente, aqui na SEO Happy Hour preferimos o RankMath por algumas razões:
Não importa qual você escolha, o mais importante é saber usar os plugins. As recomendações de SEO são apenas lembretes para te guiar no processo de publicação dos conteúdos.
Antes de se atentar para questões técnicas mais específicas, como contar palavras, ou em quais locais da página incluir palavras-chave, concentre-se em:
Fazendo isso, você sai do piloto automático.
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Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Elyson Gums
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