Elyson Gums
Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Elyson Gums
Atualizado em 10/07/2024
16 min de leitura
Para aparecer na primeira posição do Google, você precisa entregar conteúdo de qualidade e páginas rápidas, funcionais e fáceis de navegar. A “experiência de página” define o quanto é agradável interagir com um site.
Todas as atualizações do Google têm o mesmo objetivo: melhorar a experiência ao usar o buscador. Isso inclui encontrar respostas rápidas, navegar por sites seguros e ter acesso apenas a informações confiáveis.
“Experiência de página” é como os visitantes interagem com os sites. É um conjunto objetivo e abstrato de indicadores que definem se um site é “bom” ou “ruim” de usar. O Google Page Experiente define vários critérios para fazer essa avaliação.
Logo, podemos dizer que uma boa experiência de página é fundamental em SEO. Hoje você aprenderá tudo ela, porque influencia os resultados da Pesquisa Orgânica e como melhorá-la no seu site.
São os critérios que medem a experiência percebida ao acessar um site. Ou seja, não é necessariamente a velocidade ou performance do site, mas o quanto ele é agradável de usar, não importa o dispositivo, navegador ou qualidade de conexão.
Boa experiência de página significa carregar rápido, exibir o conteúdo sem interrupções, sem anúncios interrompendo a leitura, e sem elementos piscando ao rolar a tela.
Quando isso acontece, as páginas tendem a ganhar destaque no Google. Isso nem sempre acontece, pois existem diversos critérios de classificação diferentes, mas o buscador abertamente dá preferência a páginas com boa experiência.
Esse conceito (e sua importância em SEO) não são necessariamente novos.
Em 2009 o Google desenvolveu um estudo interno para entender o quanto a velocidade dos sites impactava a navegação. Eles descobriram que, quanto mais lentas as páginas, menos as pessoas navegam. Elas simplesmente se cansam de esperar.
Na época, a sugestão da equipe responsável foi:
Encorajamos designers de sites a pensarem duas vezes sobre adicionar features que prejudicam a performance, se o benefício não for comprovado.
Com o passar dos anos o Google adotou diferentes métricas para avaliar desempenho e qualidade de páginas, como velocidade de carregamento, segurança na navegação e ausência de elementos inclusivos. As Core Web Vitals são as mais famosas – falaremos mais delas logo abaixo.
Estas análises não eram parte de um mesmo sistema, nem considerados fatores de ranqueamento até 2020. Na ocasião, o Google passou a adotar uma abordagem “holística” sobre experiência de página.
O buscador anunciou um novo sistema de ranqueamento, combinando todos os seus fatores de experiência de página. Este sistema recebeu o nome de “Google Page Experience”.
Vamos introduzir um novo sinal que combina as Core Web Vitals com nossos sinais existentes de experiência de página para dar uma visão completa da qualidade da experiência em uma página.
A implementação deste update de experiência de página aconteceu em 2021. Este “prazo” entre o anúncio e a implementação serviu para donos de sites se adaptarem a esse novo critério de ranqueamento.
Também foi um período de teste para ferramentas de avaliação de performance, como o Lighthouse, PageSpeed Insights e o relatório de Core Web Vitals do Google Search Console.
Em 2023, o Google explicou como a experiência de página se relaciona com conteúdo útil. Isto é importante pois o HCU foi uma das atualizações recentes mais impactantes do buscador.
Os principais sistemas de classificação do Google recompensam conteúdo que oferece boa experiência de página. […] É importante oferecer uma ótima experiência geral na página em diversos aspectos.
As últimas atualizações foram as mudanças nas Core Web Vitals, em março de 2024.
O sistema do Google considera diferentes fatores. Em suas comunicações e documentações, o buscador lista os seguintes:
Tudo isso gera sinais que são avaliados pelos algoritmos do Google para definir se a página tem boa experiência ou não. Ou seja, não há um “sinal único” de experiência de página.
A imagem abaixo, divulgada no anúncio do Google Page Experience, representa esse funcionamento. Note que First Input Delay (FID), nas Core Web Vitals, foi substituída por Interaction to Next Paint (INP). Ambas são métricas que avaliam a interatividade de páginas.
Em 2020 o Google informou que estes critérios eram passíveis de mudança:
Continuamos trabalhando para identificar e medir aspectos de experiência de página, então planejamos incorporar mais sinais anualmente para nos alinharmos ainda mais com as novas expectativas de visitantes e aumentar os aspectos de experiência de usuário que podemos mensurar.
A documentação mais recente de experiência de página do Google é esta. Até aqui, os critérios são basicamente os mesmos.
Até 2021, o Google Safe Browsing também gerava sinais de experiência de página. Ele foi excluído dos sistemas de ranqueamento devido a situações de ataques hackers. O entendimento foi que nem sempre a culpa é do dono do site, por isso não seria correto “punir”.
Conheça os elementos e métricas de experiência de página em detalhes abaixo.
Core Web Vitals são métricas objetivas para avaliar a performance do visitante. Elas medem o carregamento, interatividade e estabilidade visual da página.
Atualmente o Google avalia três indicadores:
Para analisar o seu site, basta inserir a URL no PageSpeed Insights ou usar o relatório de experiência de página do Google Search Console.
Você não precisa ter pontuação máxima em tudo, mas é ideal que os resultados para computador e celular sejam considerados “satisfatórios”.
É um termo em inglês que significa “amigável para dispositivos móveis”. Ou seja, o site deve ser rápido e funcional em computadores e em celulares/tablets.
Cerca de 75% dos donos de smartphone usam a Pesquisa para solucionar seus problemas. Ou seja, é um alto potencial de tráfego e novos negócios.
Além disso, a versão prioritária do Googlebot é a de smartphones. Isso quer dizer que o Google rastreia a versão mobile do site primeiro, e apenas em raras situações a versão desktop.
No Guia de SEO para Iniciantes há a seguinte recomendação:
Embora não seja necessário ter uma versão para dispositivos móveis das suas páginas para que seu conteúdo seja incluído nos resultados da Pesquisa Google, é altamente recomendável. Essas práticas recomendadas se aplicam aos sites móveis em geral e, por definição, à indexação que prioriza dispositivos móveis.
HTTPS é um certificado digital que autentica a identidade de um site e protege a troca de informações entre usuários e servidores.
É uma sigla em inglês para “Secure HyperText Transfer Protocol”, ou “Protocolo Seguro de Transferência de Hipertexto”. São as letrinhas que aparecem na barra de endereço, na URL do site (https://seohappyhour.com).
HTTP é o conjunto de regras usadas pelos navegadores para ler e transferir dados na internet. O HTTPS funciona da mesma forma, mas criptografa os dados.
O Google considera a presença do certificado HTTPS um elemento de boa experiência de página pois demonstra compromisso com a segurança e privacidade dos visitantes. Se o site tem versões HTTP e HTTPS, o Google prioriza a indexação de páginas HTTPS.
Intersticiais intrusivos são elementos que atrapalham a leitura do conteúdo, normalmente para fazer propaganda. É um nome técnico para aqueles pop-ups chatos que interrompem a navegação.
O Google recomenda usar caixas de diálogos não-intrusivas, que não ficam na frente do conteúdo. Isso tem razão técnica e de engajamento dos visitantes:
As caixas de diálogo e os intersticiais intrusivos dificultam a compreensão do conteúdo pelo Google e por outros mecanismos de pesquisa, o que pode levar a um baixo desempenho da pesquisa. Da mesma forma, se os usuários consideram seu site difícil de usar, é improvável que eles queiram acessá-lo novamente, inclusive por mecanismos de pesquisa.
O objetivo do Google é entregar informações úteis de forma simples. Quando isso acontece, os visitantes ficam satisfeitos e continuam usando o buscador.
A lógica do Google para definir quais páginas aparecem na primeira posição é:
Sites que entregam boas experiências naturalmente correspondem a esses objetivos. O Google entende que há um esforço para manter o site ativo, sua arquitetura é clara e ninguém se perde tentando encontrar o que está procurando.
Apesar disso, experiência de página não é o fator “mais importante” para SEO. Os sistemas do Google avaliam diversos critérios, o que pode levar páginas com experiências ruins a aparecerem na primeira posição. Isso acontece quando são os mais relevantes para a pesquisa do visitante.
Nesse caso, a experiência é o critério de desempate. Se houver múltiplas páginas com conteúdo adequado, o buscador dá preferência às páginas melhores de navegar.
O Google avalia sinais gerados por diversas fontes. Eles se alinham com o que o buscador entende por boa experiência de página (facilidade de usar em celulares, rapidez para carregar, estabilidade visual nas páginas, etc).
A documentação de experiência de página foi alterada em 2024 para esclarecer que as Core Web Vitals são as métricas principais.
O texto atualizado explica que:
As Core Web Vitals são usadas nos nossos sistemas de ranqueamento. Recomendamos aos donos de site alcançar bons resultados para ter sucesso na pesquisa orgânica e oferecer boa experiência de página em geral. Tenha em mente que ter bons resultados em relatórios como os do Google Search Console ou em ferramentas terceiras não garante que suas páginas estarão no topo da pesquisa do Google; experiências de páginas incríveis vão além das Core Web Vitals. Essas pontuações existem para te ajudar a melhorar seu site para os visitantes e tentar ter pontuação perfeita apenas para SEO pode não ser o melhor uso do seu tempo.
Ou seja: não basta mexer apenas nas Core Web Vitals, nem achar que o site vai disparar só por causa delas.
Normalmente você precisará do apoio de profissionais de SEO, programação e Experiência do Usuário (UX) ou Interface de Usuário (UI). Esta equipe realizará as seguintes ações:
O Google sugere começar o processo com uma autoavaliação a partir das seguintes perguntas:
Veja abaixo o que fazer na prática para melhorar estes aspectos.
Performance na web é tudo o que envolve a velocidade de um site. É o tempo de resposta para carregar conteúdos, responder a ações de visitantes e mostrar os elementos da página.
Aqui estamos falando tanto da velocidade “real”, em segundos, quanto da velocidade percebida pelos visitantes. Existem técnicas para mascarar o tempo de processamento de certas ações, o que faz o site parecer rápido mesmo quando este não é literalmente o caso.
Recomendamos as seguintes leituras para aprender mais sobre o assunto:
É através destas métricas que o Google avalia a experiência do seu site, então vale a pena dedicar atenção extra a elas. Diversas ações de performance web e experiência de página naturalmente as impactam.
Recomendamos os guias abaixo para melhorar as pontuações:
São os “intersticiais intrusivos” que o Google detesta. Se precisar usar pop-ups, caixas de diálogo, ou outras formas de promoção no meio do conteúdo principal da página, faça de forma que não atrapalhe a leitura.
Se você já usa esses elementos, avalie suas taxas de conversão antes de retirá-los. Eles geram novos leads ou negócios para o seu site? Com que frequência? Se sim, vale a pena mudar? Consulte suas equipes de marketing e SEO antes de tomar a decisão.
As principais formas de propaganda não-intrusiva indicadas pelo Google são:
O certificado SSL possibilita uma conexão criptografada. Ele é necessário para obter o HTTPS no endereço do site.
Além da sigla, também aparece a seguinte caixa de texto na barra de endereços do navegador:
Normalmente o próprio serviço de hospedagem do seu site já oferece o certificado SSL de forma gratuita como parte da contratação do serviço. Caso você ainda não tenha, basta entrar em contato e solicitar a inclusão.
Dependendo do tamanho e formato das imagens, as páginas podem demorar mais a carregar. Prefira sempre:
Design responsivo é um conjunto de técnicas para adaptar interfaces a diferentes tamanhos de tela. Isso permite criar versões diferentes do seu site para computadores e celulares.
O HTML das páginas será o mesmo, mas outros elementos podem ser exibidos de formas diferentes. Banners, barras de navegação, menus, fontes, tamanho de imagem, entre vários outros podem ser editados, normalmente usando CSS.
O Google recomenda a prática por ser uma das melhores formas de implementar e manter a exibição correta em qualquer tipo de dispositivo.
Para ver como seu site é exibido em outros tipos de dispositivo, você pode:
O tamanho dos arquivos HTML, CSS e JavaScript interfere diretamente na performance do site. Ao remover caracteres desnecessários, comentários ou espaços vazios, o tamanho total diminui.
Assim, eles baixam mais rápido, o tempo de renderização fica menor, e o visitante começa a interagir mais cedo com a página.
Não basta oferecer conteúdo de qualidade e ter bons produtos. Seu site precisa ser rápido, funcional e simples de navegar. Sem isso, você perde visibilidade nos mecanismos de busca e, mesmo quando alguém encontrar seu site, provavelmente não vai finalizar uma compra.
Por isso, se você ainda não investe em melhorar a experiência dos seus visitantes, comece a pensar nisso. Analise a estrutura técnica do seu site e busque recursos para implementar as mudanças.
Com apoio de especialistas, fica mais fácil. Aqui na SEO Happy Hour, temos um time de especialistas no assunto. Nossas auditorias são personalizadas e mapeiam as ações necessárias para melhorar indexação, visibilidade, experiência de página e muito mais.
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