Elyson Gums
Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Elyson Gums
Atualizado em 11/07/2024
13 min de leitura
“Performance” significa ter um site mais rápido: carregamento instantâneo, ser mais responsivo e ter bom desempenho visual. O Google leva diversos indicadores de performance em consideração ao ranquear páginas.
Não é segredo que o Google prioriza os bons sites na Pesquisa Orgânica. Um dos critérios de avaliação é a performance: carregar rápido e responder com agilidade às interações dos visitantes.
O buscador considera diversos indicadores de performance ao ranquear uma página. Eles compõem as chamadas Core Web Vitals, um conjunto de métricas para avaliar a experiência dos visitantes nos sites.
Não é necessário ter “pontuação máxima” em testes de performance, como o PageSpeed Insights, mas é importante se atentar para a performance. Aqui na SEO Happy Hour, olhamos bastante para essa questão quando redesenhamos nosso site, no início deste ano.
Essa boa performance normalmente é “invisível” para os visitantes. Mas se fosse ruim, nós estaríamos perdendo leads e clientes, porque ninguém aguenta navegar em sites lentos ou com muita propaganda.
Hoje vamos discutir o conceito de performance na web, as principais métricas para SEO e como implementar melhorias para aparecer na primeira página dos mecanismos de busca.
Performance na web (ou performance de site) é tudo o que envolve a velocidade de um site. Significa melhorar carregamento e tempo de resposta ou “mascarar” os processos lentos para que eles não prejudiquem a experiência de navegar na página.
Isso envolve diversas variáveis, como latência, tamanho de arquivos, número de requisições feitas ou performance de JavaScript. Cada uma representa possibilidades de otimização, que no final tornam o site mais rápido.
Os principais aspectos de performance na web são:
Para entender a performance a fundo, é necessário entender como navegadores e sites se comunicam para exibir o conteúdo das páginas. Falhas nesse processo resultam em sites lentos ou que parecem “travados”.
Veja abaixo:
Existem duas formas principais de avaliar a performance de um site: com indicadores objetivos (métricas de performance) e subjetivos (performance percebida).
Existem diversas métricas e testes para avaliar performance na web. Para SEO, os principais indicadores compõem as Core Web Vitals, adotadas como padrão de qualidade pelo Google.
A definição oficial das Core Web Vitals é:
O subconjunto de métricas que se aplicam a todas as páginas da Web, devem ser medidas por todos os proprietários do site e serão exibidas em todas as ferramentas do Google. Cada uma das Core Web Vitals representa uma faceta distinta da experiência do usuário, é mensurável no campo e reflete a experiência real de um resultado crítico centrado no usuário.
Para garantir que você esteja atingindo a meta recomendada dessas métricas para a maioria dos usuários, um bom limite a ser medido é o 75o percentil de carregamentos de página, segmentado em dispositivos móveis e computadores.
As métricas mudam com o tempo, de acordo com as visões do Google sobre responsividade e experiência de página. Atualmente são três:
É possível analisar as Core Web Vitals do seu site através do PageSpeed Insights e do relatório do Google Search Console.
Performance percebida é uma medida subjetiva, que não pode ser avaliada com números ou pontuações. É o quanto os visitantes sentem que o site é rápido, por mais que na prática nem sempre seja.
Um exemplo comum são os aplicativos para pedir comida. Quando você faz o pedido, normalmente aparece uma tela informando que o pedido está sendo preparado, antes de chegar até o restaurante.
Essa mensagem é exibida enquanto o aplicativo processa a ação e o restaurante recebe a notificação e aceita o pedido. Adicioná-la não torna o processo literalmente mais rápido, mas gera uma sensação de resposta, que contribui para a performance percebida da aplicação.
Em páginas da internet é a mesma coisa. Quando você carrega os elementos parcialmente, a página se torna usável mais cedo. Por mais que alguns elementos não estejam na tela, os visitantes podem ver que algo está acontecendo e começar a interagir com o conteúdo.
O objetivo do Google é sempre exibir páginas que oferecem boa experiência de navegação como primeiros resultados de busca. A performance na web faz parte dessa abordagem.
Veja abaixo um trecho da documentação de experiência de páginas, que destaca o papel das métricas de performance para avaliar quem aparece em destaque:
As Core Web Vitals são usadas nos nossos sistemas de ranqueamento. Recomendamos aos donos de site alcançar bons resultados para ter sucesso na pesquisa orgânica e oferecer boa experiência de página em geral. Tenha em mente que ter bons resultados em relatórios como os do Google Search Console ou em ferramentas terceiras não garante que suas páginas estarão no topo da pesquisa do Google; experiências de páginas incríveis vão além das Core Web Vitals. Essas pontuações existem para te ajudar a melhorar seu site para os visitantes e tentar ter pontuação perfeita apenas para SEO pode não ser o melhor uso do seu tempo.
Além disso, a baixa performance afasta os visitantes e potenciais clientes. Primeiro porque pode abalar a confiança na empresa ou serviço oferecido. E, em segundo lugar, porque de nada adianta aparecer na primeira página se as pessoas não conseguem visualizar seus produtos ou solicitar orçamentos.
Na pior das hipóteses, um site ruim torna o conteúdo completamente inacessível. O visitante entra no site, não consegue fazer nenhuma interação e sai (e provavelmente não volta mais).
Na “menos pior das hipóteses”, o visitante consegue acessar o conteúdo, mas a demora para carregar e responder aos comandos impede qualquer ação. O resultado é o mesmo: o visitante sai sem comprar.
Você não precisa do melhor site ou de pontuações máximas em análises de velocidade, mas a experiência de usar a sua página deve ser agradável.
A performance do site afeta principalmente os indicadores relacionados à taxa de conversão e retenção de visitantes. Isto se reflete nos seguintes indicadores:
Ou seja, é um impacto expressivo inclusive em KPIs de SEO altamente relevantes. Isso acontece principalmente porque as pessoas tendem a abandonar os sites de baixa performance antes de realizar qualquer ação.
Segundo dados do Google de 2016, a maioria dos visitantes sai da página quando eles levam mais de três segundos para carregar. É uma pesquisa antiga, mas não há indícios de que este comportamento tenha mudado.
Veja alguns exemplos do impacto da performance de sites para negócios, em uma lista de estudos de caso do Google. Eles explicam os detalhes e quais ações impactam cada métrica.
Para SEO, o ideal é focar em alcançar boa pontuação nas Core Web Vitals. Existem diferentes formas de fazer, através de otimizações de HTML, CSS e JavaScript no código do site. Recomendamos contar com:
Ambas as equipes devem estar em contato constante para acompanhar as mudanças, mensurar os resultados e identificar o impacto delas nos negócios.
Para quem quer ir além, recomendamos a leitura das documentações abaixo. São guias técnicos do Google e da Mozilla, com instruções gerais sobre as Core Web Vitals e sobre otimização de páginas de forma geral.
Veja abaixo algumas dicas comuns de performance na web, que as documentações da Mozilla sugerem para melhorar a performance percebida do site.
O site deve mostrar imediatamente o conteúdo com o qual o visitante irá interagir. Depois, os demais elementos. O tempo total de carregamento pode aumentar, mas dessa forma o visitante espera pouco tempo para começar a navegar, o que melhora a performance percebida.
O carregamento inicial deve exibir conteúdo, textos, estilos e imagens visíveis. Imagens ou scripts que não forem visíveis na página inicial podem ser carregados depois.
Além disso, você deve otimizar os arquivos que são carregados, como imagens e vídeos. Eles devem ter formato, compressão e tamanho adequados.
Reflow é o processo de recalcular posições e geometrias dos elementos no documento, para renderizá-lo novamente.
Imagens e outros elementos que “empurram” o conteúdo para baixo, ou o fazem pular de lugar na tela enquanto novos ativos são carregados, podem criar a percepção da página ser lenta. É comum com anúncios que aparecem “do nada” na tela, atrapalhando a leitura.
Se alguns ativos carregam mais lentamente do que outros, você deve planejar o espaço deles com antecedência no layout.
Além de design, as fontes também podem impactar a performance do site.
Fontes externas podem fazer o texto “piscar” na tela enquanto carregam, dependendo de como forem importadas. E se forem muito diferentes das fontes de fallback (de reserva), pode causar estranheza nos visitantes.
Os elementos interativos não devem ter lag. Ou seja, depois de clicar, a resposta da ação deve ser rápida. Caso contrário, o visitante pode ter dificuldade em realizar uma ação ou abandonar o site por sentir que não funciona como deveria.
Isso vale para todos os elementos visíveis na tela, como accordions, menus dropdown, botões, seletores, entre outros.
Quando o visitante iniciar uma ação, torne a navegação interativa até que ela seja concluída. Mostre que progresso está ocorrendo na tela, mesmo que a ação ainda não tenha sido terminada.
Isso pode aumentar a performance percebida do site, pois o visitante não sente que está literalmente esperando algo acontecer.
Um site rápido não é apenas um ativo de marketing, é um objetivo de negócio importante. Tem impacto direto em SEO, mas vai bem além disso.
Para implementar mudanças, recomendamos começar com uma auditoria técnica para identificar os pontos críticos e oportunidades de melhora. Assim você pode atribuir prioridades e definir prazos, orçamentos e métricas com mais clareza.
Caso precise de apoio nesta tarefa, entre em contato conosco! Somos um time de especialistas em SEO, com conhecimento técnico para indicar os caminhos para fazer seu site decolar nos mecanismos de busca.
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