Elyson Gums
Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Atualizado em 07/06/2024
6 min de leitura
O Knowledge Graph (grafo de conhecimento) do Google é uma base de dados composta por entidades e as relações entre elas. As informações do grafo geram maior precisão nas respostas e permitem a exibição de recursos específicos na Pesquisa Orgânica.
Uma das exibições mais comuns do Knowledge Graph é na forma de um painel de conhecimento, exibido no lado direito da tela de pesquisa. Ele aparece ao pesquisar um termo que o Google reconhece como entidade. Veja abaixo um exemplo para a pesquisa “Estátua da Liberdade”:
Além de saber o que é a Estátua da Liberdade, o Google também entende as relações com outros conceitos. Cada hyperlink (como o nome do artista ou os materiais usados) é uma entidade relacionada à estátua.
Além disso, pesquisar por “US historical monuments” mostra uma lista de entidades relacionadas a este termo:
Esta base de dados foi lançada pelo Google em 2012. Na época, tinha mais de 500 milhões de objetos e mais de 3.5 bilhões de informações e relações entre eles.
O Knowledge Graph é fundamental para o funcionamento do Google. Por meio dele, o buscador entrega resultados altamente precisos e apresenta informações antes mesmo de alguém clicar em um resultado de busca.
Quando anunciou a base de dados, o Google listou três benefícios principais:
Isto tem diferentes impactos em projetos de SEO, desde definições de linhas editoriais até o estilo de produção de conteúdo. Por exemplo:
Se você tem uma marca, ela pode ser incluída no Knowledge Graph do Google. O buscador a reconhecerá como entidade e exibirá informações mais detalhadas sobre ela, o que pode gerar maior taxa de cliques.
Como o nome sugere, o Knowledge Graph segue um modelo de grafo. Este é um conceito que nasceu na matemática e é amplamente usado em teorias sobre redes e internet.
Em síntese, um grafo é uma forma de representar e estudar a relação de itens dentro de um conjunto, conforme mostra a imagem abaixo. Você pode imaginar cada bolinha como uma entidade e cada linha como a relação entre as entidades.
O Google adotou essa estrutura para entender os conceitos que as pessoas pesquisam, além da gramática. Por exemplo, “Estátua da Liberdade” são mais do que três palavras conectadas, elas representam algo concreto, que existe no mundo real, e se relacionam com diversos outros conceitos.
Existem diversos exemplos que ajudam a ilustrar essa ideia:
O Google também armazena informação factual sobre cada entidade. Isto permite responder perguntas simples diretamente na SERP. Veja o exemplo abaixo:
Em 2012, ao anunciar o Knowledge Graph, o buscador detalhou a lógica por trás do sistema. Veja uma tradução abaixo, com grifos nossos:
“Imagine uma pesquisa por [taj mahal]. Por mais de quatro décadas, pesquisar era essencialmente combinar palavras-chaves e consultas. Para um mecanismo de busca, as palavras [taj mahal] eram apenas isso – duas palavras.
Mas todos sabem que [taj mahal] tem um significado muito mais rico. Você pode pensar em um dos monumentos mais ricos do mundo, no músico vencedor do Grammy, ou até no cassino de Atlantic City, em Nova Jersey. Ou, dependendo de quando você comeu pela última vez, em um restaurante indiano. É por isso que estamos trabalhando em um modelo inteligente – em termos geeks, um grafo – que entende entidades do mundo real e sua relação com as outras: coisas, não gramática.
O Knowledge Graph permite pesquisar por coisas, pessoas ou locais (pontos turísticos, celebridades, cidades, times, prédios, elementos geográficos, filmes, corpos celestes, obras de arte) e encontrar informações relevantes para a consulta. Este é um passo crítico para construir a próxima geração de pesquisa, que usa a inteligência coletiva da web e entende o mundo de forma mais parecida que as pessoas o fazem“.
Vale destacar que o Google tem diversos sistemas e algoritmos que ajudam a entender os contextos das páginas, as expressões que as pessoas pesquisam, e quais páginas deve exibir para cada pesquisa. O Knowledge Graph é apenas uma parte do ecossistema.
As entidades representam conceitos distinguíveis entre si. Podem ser prédios, empresas, celebridades, pontos turísticos, entre outros. Cada entidade é representada por um registro diferente dentro de um banco de dados.
Entidades funcionam independente de textos ou gramática. Ou seja, você pode pesquisar “estátua da liberdade”, “statue of liberty”, “estátua da liberdade US” ou “EUA statue of liberty” e o resultado será o mesmo: a Estátua da Liberdade.
O Google reconhece a entidade, busca aquele registro e exibe resultados de pesquisa.
Por esta razão, o funcionamento é diferente de palavras-chave, que representam a pesquisa exata que as pessoas fazem no Google.
Os conceitos são parecidos, mas não são literalmente iguais.
Knowledge Graph é a base de dados sobre entidades do Google.
Knowledge panel, ou painel de conhecimento, é uma representação visual do grafo. É o painel com informações gerais sobre uma entidade e alguns links para entidades relacionadas, exibido em alguns tipos de pesquisa do Google.
Aparecer no Knowledge Graph é uma forma de ter mais visibilidade a partir da exibição dos painéis de conhecimento.
Não é possível influenciar diretamente a presença no grafo, ou seguir um checklist definitivo para aparecer lá. O processo geral é o de construir autoridade e tornar-se uma figura reconhecida.
Veja abaixo algumas ações de otimização: